Por Caroline Vontobel
Em um mundo onde as interações muitas vezes são superficiais e fragmentadas, redescobrir o poder das conexões genuínas é como encontrar um oásis de significado no deserto da rotina. Imagine a quantidade de pequenos encontros que preenchem o seu dia: desde o breve diálogo com o barista da cafeteria até as trocas de palavras com colegas de trabalho.
Em vez de deixar esses momentos passarem despercebidos, que tal mergulhar de cabeça neles?
No livro “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” Yuval Noah Harari argumenta que o ser humano é dotado de uma capacidade única para criar e acreditar em narrativas compartilhadas, como mitos, religiões e ideologias, e este fator foi fundamental para a ascensão da humanidade. Essas narrativas coletivas permitem a colaboração em grande escala entre as pessoas, possibilitando a criação de sociedades complexas e a formação de instituições políticas, econômicas e sociais. Sendo determinante de sucesso a inclusão e a identificação da pessoa no contexto em que está inserida, um certo ponto de ajuste de felicidade, mais recentemente estudado pela Psicologia Positiva, influenciado tanto pela genética quanto pelo ambiente, assunto que abordaremos em outro texto.
A identificação desempenha um papel fundamental no engajamento social, pois está relacionada à forma como as pessoas se conectam com grupos, comunidades e causas. Quando alguém se identifica com um grupo, compartilham valores, interesses e identidade com os membros do mesmo. Isto cria um senso de pertencimento e conexão emocional. E quando isso não acontece? Vivemos rodeados de grupos de whatsapp e mídias sociais, mas o sentimento de inadequação e solidão tem aumentado significativamente nos consultórios. Uma sensação de não se encaixar ou de não ser aceito dentro de um grupo social ou em situações sociais. A inadequação social pode ser influenciada por fatores internos, como a autocrítica excessiva, e por fatores externos, como a pressão social e a comparação com os outros.
É importante reconhecer e abordar esses sentimentos, encontrar a sua narrativa, o seu grupo e o seu espaço.
A identificação fortalece os laços sociais, aumenta a motivação, além de influenciar a maneira como uma pessoa se percebe e percebe o outro. Quando escolhemos nos engajar autenticamente em cada interação, estamos abrindo as portas para um mundo de possibilidades. O senso de pertencimento também oferece apoio emocional e psicológico, o que aumenta a probabilidade de alguém se envolver mais ativamente em atividades sociais e colaborativas.
Quando escutamos com atenção, damos a quem está à nossa frente o presente da sua presença plena. Essa abordagem não apenas enriquece sua própria experiência cotidiana, mas também contribui para a construção de laços humanos mais profundos e significativos.
Ao nos conectarmos de maneira genuína, estamos lançando sementes de compreensão, compaixão, empatia e alegria nas interações mais simples da vida, transformando nossa jornada diária em um caleidoscópio de momentos autênticos.
Nós da Caua estamos aqui abertos e conectados, através de um verdadeiro interesse pelas histórias e experiências de pessoas autênticas, que buscam um lugar para se identificarem e engajaram na sua essência, venha você como você é.